segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Plenária Estadual pelo fim das Privatizações e Revogação da Lei das OSs




Local: Florianópolis - ALESC- Assembléia Legislativa do Estado de SC
Público: Movimentos Sociais e Sindicais de Santa Catarina


Promoção da CMS – Coordenação dos Movimentos Sociais 



PROGRAMAÇÃO


Dia 1º de Novembro de 2012 – Quinta-feira
10 horas – Abertura: Apresentação das Entidades Promotoras e Presentes
Objetivo da Plenária.

TEMA: 
A PROBLEMÁTICA DAS PRIVATIZAÇÕES E DA LEI DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OSs) NO SERVIÇO PÚBLICO E NA SOCIEDADE.

1ª Mesa 
Expositores: 
1º Expositor (a): Antonio Luiz Battisti - Vereador em São José-SC e Presidente do SINTESPE 
2º Expositor (a): Volnei Morastoni - Dep. Estadual SC
3º Expositor (a): João Batista Gomes -  São Paulo-SP 
4º Expositor (a): Sonia Maria Demeda Groisman Piardi - Promotora do MPSC
5º Expositor (a): Ronald Ferreira dos Santos - Membro do Conselho Nacional de Saúde e Coordenador do Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública (Saúde Pública +10) 

Plenária Pergunta aos Debatedores

14 horas - Mesa de Debates: 
Apresentação de Painel das Ações Sindicais/Sociais e Judiciais já ocorridas em todo Brasil, contra as Privatizações e Organizações Sociais – OSs;

14h30 - Debate com a Plenária;

16 horas - Encaminhamentos de Luta:
Encaminhamentos e Lançamento das Campanhas de Abaixo-assinados, Indicação de Delegados ao IIº Encontro Nacional pela Revogação da Lei das OSs, Lei Federal 9637/98.

17 horas - Encerramento


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

PLENÁRIA ESTADUAL PELO FIM DAS PRIVATIZAÇÕES E REVOGAÇÃO DA LEI DAS OSs, LEI FEDERAL 9637/98.



*A problemática das Privatizações e da Lei das Organizações Sociais (Oss)

Local: Florianópolis - ALESC- Assembléia Legislativa do Estado de SC
Público: Movimentos Sociais e Sindicais de Santa Catarina
Promoção da CMS – Coordenação dos Movimentos Sociais 


PROGRAMAÇÃO

Dia 1º de Novembro de 2012 – Quinta-feira
10 horas – Abertura: Apresentação das Entidades Promotoras e Presentes

Objetivo da Plenária.

TEMA: 
A PROBLEMÁTICA DAS PRIVATIZAÇÕES E DA LEI DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OSs) 
NO SERVIÇO PÚBLICO E NA SOCIEDADE.

1ª Mesa 
Expositores: 
1º Expositor (a): Antonio Luiz Battisti - Vereador em São José-SC e Presidente do SINTESPE 
2º Expositor (a): Volnei Morastoni - Dep. Estadual SC
3º Expositor (a): João Batista Gomes - São Paulo - SP 
4º Expositor (a): Sonia Maria Demeda Groisman Piardi - Promotora do MPSC
5º Expositor (a): Ronald Ferreira dos Santos - Membro do Conselho Nacional de Saúde e Coordenador do Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública (Saúde Pública +10) 

Plenária Pergunta aos Debatedores

14 horas - Mesa de Debates: 
Apresentação de Painel das Ações Sindicais/Sociais e Judiciais já ocorridas em todo Brasil, contra as Privatizações e Organizações Sociais – Oss;
14h30 - Debate com a Plenária;

16 horas - Encaminhamentos de Luta:

Encaminhamentos e Lançamento das Campanhas de Abaixo-assinados, Indicação de Delegados ao IIº Encontro Nacional pela Revogação da Lei das OSs, Lei Federal 9637/98.

17 horas - Encerramento

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Trabalhadores de rede de supermercado fazem paralisação


Dia da Quarta verde: dia da luta por dignidade,
condições de trabalho e respeito por parte da empresa.

Escrito por: Sílvia Medeiros em cut-sc.org.br

Mesmo sem pão quentinho, sem poder comprar alimentos para preparar o almoço, sem poder aproveitar a Supermercado do Bairro Trindade é um dos mais lucrativos da rede promoção de frutas da quarta-feira, mesmo mudando a rotina da comunidade, a população passou no Supermercado Comper no bairro Trindade em Florianópolis, dia 19 de setembro e aplaudiu a iniciativa de paralisação dos/as funcionários/as.

“Isso demorou muito a acontecer, nós como clientes vemos a exploração que é feita com estes trabalhadores. São condições sub-humanas de trabalho. Eles reduziram o número de atendentes, as vezes chegamos a ficar duas horas numa fila, percebemos que os funcionários se esforçam, mas quem não se esforça são os donos do mercado”, desabafou uma moradora da região que passou em frente da manifestação aplaudindo e gritando palavras de apoio.

 
Supermercado do Bairro Trindade é um dos mais lucrativos da rede
Os trabalhadores paralisaram os serviços, o Supermercado ficou fechado das 07 às 16 horas, ninguém entrou comprar, ninguém manifestou posição contrária, a não ser, os gerentes e supervisores que foram transferidos de outras lojas para intimidar os manifestantes. Foram 70% dos funcionários que cruzaram os braços e pediram uma outra postura da direção do

Comper “Há tempos pedimos melhores condições de trabalho e não somos atendidos, avisamos que se não mudassem faríamos greve, eles duvidaram de nós, ficaram dizendo que não era verdade, que nós não tínhamos coragem e hoje paramos” relata um funcionário que trabalha no caixa do Supermercado há um pouco mais de um ano.

A rede de Supermercado Comper que esta entre as 10 maiores redes de supermercado do Brasil, com lojas distribuídas no estado de Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, emprega mais de seis mil funcionários. De acordo com o dirigente do Sindicato dos Comerciários de Florianópolis, José Roberto da Silva, o Beto “Esta rede de Supermercados tem alta rotatividade de funcionários, o salário é baixo e as condições de trabalho são precárias”. Um dos funcionários do supermercado, que preferiu não se identificar falou que trabalha há menos de três meses na empresa, mas já foi o tempo suficiente para ver que ali não tem condições de trabalho.

 
Na ameaça de abrir o mercado, trablahadores/as dão as mãos e demonstram a sua resistência
Devido à grande repercussão da greve, a empresa negociou e entregou um documento assinado, aceitando algumas reivindicações dos grevistas:

Alimentação - Os trabalhadores reivindicavam uma alimentação decente, visto que a empresa terceirizada que atende o supermercado enviava marmitas com comida velha, revirada, e às vezes, estragada. O Comper se comprometeu em fiscalizar a alimentação e se não melhorar, em 30 dias pode romper com o convênio.

Folgas - O supermercado se comprometeu de não burlar mais a escala de folgas e cumprir a lei de, a cada 15 dias, estabelecer uma folga ao trabalhador. Essa cláusula há muito não vinha sendo cumprida com alguns chegando a ficar mais de 30 dias sem folga.

Feriados - O supermercado abria nos feriados e, em vez de folga, levava para o banco de horas. Isso também não vai mais acontecer, segundo o acordo.


Anotação das funções - Muitos funcionários desempenhavam funções diversas, sem a devida anotação na carteira. Agora, o supermercado terá trinta dias para regularizar a situação.

Aumento salarial - Como os trabalhadores do comércio tem sua data-base em primeiro de outubro, estão em processo negocial. Ficou acordado que na reunião do dia 26 de setembro, a representação do Comper vai participar e ficar mais presente no processo.

Segundo Anna Júlia Rodrigues, Secretaria Geral da CUT-SC, a paralisação foi muito positiva “Para alguns é novidade a greve no setor privado, mas isso demonstra a força do/a trabalhador/a. Os direitos têm que ser respeitados e o que os/as corajosos/as funcionários/as do Comper fizeram, demonstram a luta dos/as trabalhadores/as e mostram que somente juntos e unidos é que sairemos vitoriosos”, destaca Anna Júlia.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Greve dos bancários: os discursos que demonizam a luta por direitos


Leonardo Sakamoto
Blog do Sakamoto.

“Greve é ruim para todo mundo: é ruim para o bancário, é ruim para o banco, é ruim para a população, e já foi muito incomodada pela onda de greves dos funcionários públicos e não merece ser mais incomodada com uma paralisação dos bancários.”

A declaração acima é de Magnus Ribas Apostólico, diretor de Relações do Trabalho da Fenaban, braço sindical da Federação Brasileiros de Bancos responsável pelas questões de disputas trabalhistas.

Posso reescrever o parágrafo com a visão do outro lado?

“Greve é ruim para todo mundo: é ruim para o bancário, é ruim para o banco, é ruim para a população, que já foi muito incomodada pela incapacidade do governo federal em negociar com os funcionários públicos em greve e não merece ser mais incomodada com uma negativa dos banqueiros em dividir melhor os lucros e garantir condições de trabalho.”

Quando negociações trabalhistas chegam a um limite e uma greve é deflagrada, começa uma guerra de discursos, o que é esperado. E interessante. Afinal de contas, aprendemos novas formas de moldar a língua portuguesa para servir aos nossos interesses.

Gostaria de ver como profissionais cuja matéria-prima é o discurso se comportariam em greve geral. Como já disse aqui um rosário de vezes, tenho certa inveja das categorias de trabalhadores que se enxergam como tais e se unem para reivindicar e lutar pelos seus direitos. Sim, porque nós, jornalistas, como todos sabem, não somos trabalhadores, estamos acima de toda essa coisa mundana. Salário? Para quê? Uma vez que somos seres iluminados, nada mais lógico do que vivermos de luz…

No caso de greves envolvendo o sistema financeiro, dado os anúncios de lucros bilionários divulgados a torto e a direito, essa guerra de discursos tende a colocar banqueiros contra a parede. Daí a necessidade de adotar uma postura mais agressiva, como jogar a população contra os grevistas a exemplo do que fez o diretor da Fenaban.

A evolução histórica do nosso querido capitalismo mostra que não importa o que aconteça, os donos do sistema financeiros sempre ganham. A indústria pode virar fumaça, a agricultura comer grama pela raiz e o setor de serviços fechar as portas, mas os bancos sobrevivem. Sendo salvos com recursos públicos, se preciso. Afinal de contas, os lucros deles é privado, mas o prejuízo é sempre socializado.

De acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a proposta patronal de 0,58% de aumento real (descontada a inflação) foi considerada insuficiente. A demanda é por 5%, além de um implemento do plano de cargos e salários, mais segurança nas agências e maior participação nos lucros. Em nota, Juvandia Moreira, presidente do sindicato, afirma que nos “balanços dos sete maiores bancos do país, entre o primeiro semestre de 2011 e o de 2012, os ativos cresceram em média 15,56%, as operações de crédito subiram 18,63%, o patrimônio líquido aumentou 12,65%”.

Já a Fenaban afirma que a proposta global corrigirá salários, pisos, benefícios. Também diz que estão previstos reajustes do auxílio refeição, da cesta alimentação e do auxílio creche mensal. Promete que o valor da Participação nos Lucros e Resultados pode ultrapassar o equivalente a três salários de um caixa de banco.

Esperemos que a paralisação dure o menos possível e que um acordo seja logo alcançado. Enquanto isso, um pouco de paciência. Muita gente deve estar pensando “vagabundo que faz greve deveria ser demitido”, esquecendo que – dessa forma – joga pela janela uma das mais importantes formas de pressão: negar-se a gerar riqueza para a empresa enquanto seu contrato de compra e venda da força de trabalho não for rediscutido.

Sindicatos não são perfeitos, longe disso. Assim como ocorrem em outras instituições, eles possuem atores que resolvem voltar-se para os próprios umbigos e tornar a busca pelo poder mais importante que os objetivos para o qual foram escolhidos. Estamos cheios de exemplos disso. Contudo, graças à organização e pressão dos trabalhadores, importantes conquistas foram obtidas para civilizar minimamente as regras do jogo – não trabalhar até a exaustão, descansar de forma remunerada, ter salários (menos in)justos, garantir proteção contra a exploração infantil. Direitos estes que, mesmo incompletos, são chamados por alguns de “gargalos do crescimento”.

Apoio os professores federais, funcionários públicos, controladores de vôo, cobradores e motoristas de ônibus, bancários, eletricitários, metalúrgicos, metroviários, garis, residentes médicos. Apoio o santo direito de se conscientizarem, reconhecerem-se nos problemas, dizer não à exploração e entrar em greve até que a sociedade pressione e os patrões escutem. Mesmo que a manifestação deles torne minha vida um absurdo.

E torço para que você não consuma bovinamente discursos que demonizam greves. Porque, se assim for, no dia em que precisar que a sociedade entenda a sua reivindicação, pode perceber que está sozinho, gritando ao vento.  

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Justiça catarinense mantém decisão e gestão do Samu deve voltar para o Estado


TJ confirmou cancelamento da terceirização dos serviços para SPDM


Rafael Martini e Guilherme Lira

Pela segunda vez, a Justiça decidiu que a gestão do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) deve permanecer com o Estado. O Tribunal de Justiça confirmou nesta segunda-feira o cancelamento da terceirização dos serviços para a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM).

O vice-presidente do TJ, Sérgio Paladino, indeferiu o pedido da procuradoria do Estado que buscava derrubar a liminar que suspende a transferência de gestão do serviço. Ou seja, negou a intenção do Estado de manter a terceirização do serviço. Com isso, ficou mantida a decisão do juiz Luiz Antonio Fornerolli, da Vara da Fazenda Pública, que determinou o imediato cancelamento da terceirização, no último dia 14.

Em paralelo, o Ministério Público de Santa Catarina ainda protocolou uma petição informando que o Estado não está cumprindo a liminar, uma vez que o serviço continua sendo prestado pela SPDM. A petição foi protocolada no último dia 17 e pede que o Estado se apresente em até 48 horas, mostrando que está cumprindo a liminar.

Caso isso não seja feito, é pedido ainda o pagamento de multa diária, cujo valor deve ser definido pelo juiz Luiz Augusto Fornerolli. O prazo passa a contar a partir do momento que o magistrado dê deferimento à petição.

A Justiça acatou o pedido de liminar do Ministério Público no último dia 14, quando o secretário da saúde, Dalmo de Oliveira, foi informado oficialmente. No dia seguinte, a Procuradoria Geral do Estado também foi notificada. Desde então, a gestão do Samu deveria voltar para o Estado. Passados sete dias da decisão, o serviço do Samu não foi interrompido, sendo gerenciado, ainda, pelo SPDM.

A associação assumiu a gestão do Samu no dia 1º de agosto, depois de vencer o processo de licitação. Para dar início à gestão, 280 funcionários foram contratados por processo seletivo, e os 680 que já faziam parte do Samu também passaram para a gestão da organização social.

Gestor alerta que serviço pode parar

De acordo com o superintendente da SPDM, Mário Silva Monteiro, será acatada a decisão da Justiça, mas ele alerta que, se deixarem o Samu agora, Santa Catarina deixa de contar com o serviço.

Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado da Saúde informou que não vai se posicionar sobre o assunto até que seja resolvido. No dia em que a Justiça decidiu por cancelar a terceirização, o secretário Dalmo de oliveira informou que o Estado não tem condições de reassumir imediatamente o serviço.

A promotora Sônia Paridi, porém, descorda do secretário. Segundo ela, o Estado sempre contratou em caráter temporário e agora alega que para reassumir o Samu teria que fazer concurso público.

— Desde de 2006 o serviço teve a gestão do Estado e sempre funcionou muito bem. Não é possível que, passado alguns dias desde que o serviço foi terceirizado, as coisas não possam voltar a ser como eram — explicou a promotora.

DC 20/08/2012

terça-feira, 14 de agosto de 2012

CUT entrará com ADIN contra o Decreto nº 7.777, que prevê a substituição dos servidores federais em greve

Central conclama as entidades cutistas a fortalecerem a greve e a reafirmarem junto às bases posição contrária ao decreto

A greve dos servidores públicos Federais por reajuste salarial e pelo Plano de Cargos e Salários está cada dia mais forte e vai continuar ganhando mais adesões, até que o governo apresente uma contraproposta que possa ser analisada pela categoria.

Isso faz parte do processo de negociação e não vamos abrir mão desta conquista democrática, apesar das medidas duras que o governo vem tomando, como o decreto antigreve e o corte de pontos, que só contribuíram para aumentar o conflito e nos colocar em posição de embate. E, como a história já comprovou, a CUT é a Central mais experiente e preparada para este tipo de luta.

Nossa resposta será dura. Além de fortalecer a greve, até o fim desta semana, junto com todas as entidades que representam os servidores públicos Federais, vamos entrar na Justiça com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) contra o Decreto Governamental nº 7.777, que prevê a substituição dos servidores públicos Federais em greve por servidores Estaduais e Municipais.

Solicitamos a todos os dirigentes das CUTs Estaduais que dialoguem com suas entidades de base, se posicionem claramente contra este decreto autoritário e prejudicial a todos os trabalhadores, especialmente, os Estaduais e Municiais que têm remuneração menor e podem ser obrigados a substituir os companheiros dos órgãos Federais sem nenhum adicional.

Vamos utilizar todos os nossos meios de comunicação – sites, jornais de sindicatos, e-mail, rádios comunitárias, conversas nos locais de trabalho e redes sociais (twitter e facebook) para dialogar com os nossos companheiros servidores dos Estados e Municípios para que se  recusem a cumprir este papel.

Precisamos consolidar a construção classista dos servidores públicos das três esferas de governo e mostrar para o governo Federal que o caminho para terminar com a greve é o diálogo, a negociação e o acordo.

Sérgio Nobre
Secretário-Geral da CUT Nacional

Em nota, centrais sindicais criticam 'autoritarismo' do governo com funcionalismo

Numa declaração de repúdio ao que classificam de "autoritarismo" do governo, as centrais sindicais oficializaram, domingo (12), apoio à greve dos funcionários públicos federais. Em nota, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT afirmam que a decisão do governo de cortar o ponto dos grevistas e de substituí-los por outros trabalhadores serve "apenas para acirrar os ânimos".

"Repudiamos todas as formas de autoritarismo no trato com reivindicações legítimas dos trabalhadores e trabalhadoras do setor público. Solidárias com os grevistas, as centrais sindicais reconhecem que a saída para a paralisação está na disposição das partes sentarem à mesa e negociarem até a exaustão, tendo como perspectiva a solução rápida do conflito, reduzindo, assim, os prejuízos causados aos próprios servidores e à população", destaca o documento.

As paralisações, que atingem dezenas de categorias e já mobilizam cerca de 350 mil servidores, têm por objetivo a obtenção de reajustes salariais e melhorias nas condições de trabalho. Elas atingem o atendimento à população, as operações nos portos, as aulas nas universidades federais, entre outros setores.

"Entendemos que a solução para a greve está na negociação. Não há saída pela repressão. Nem na ditadura se conseguiu acabar com greve por meio do autoritarismo", diz João Carlos Gonçalves, da Força Sindical.

Na quarta-feira (15), representantes das cinco centrais sindicais se encontrarão, em Brasília, com o chefe da Secretaria-Geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, para discutir assuntos não relacionados à greve dos servidores federais. Na ocasião, entretanto, de acordo com presidente da CTB, Wagner Gomes, haverá uma tentativa de se incluir o tema na pauta da reunião. "Esperamos poder discutir essa questão com a presidente Dilma", ressaltou Gomes.

"Nosso objetivo é tentar retomar o diálogo. O governo tem se mostrado inflexível, ao afirmar que não tem como negociar porque não há recursos disponíveis. A principal preocupação está sendo o superávit primário. Essa é uma opção política", acrescentou. 


Nota das centrais sindicais sobre a greve dos servidores

As centrais sindicais (CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT) apoiam a greve do funcionalismo público federal que reúne dezenas de categorias, por reajuste salarial, benefícios sociais e econômicos. No entender do movimento sindical, é legítimo os trabalhadores paralisarem as atividades para reivindicar melhores condições de vida e de trabalho.

O movimento sindical apoia também o pleito dos grevistas relativo à regulamentação em lei da Convenção 151 da OIT - Organização Internacional do Trabalho, que trata das relações de trabalho na administração pública, notadamente o direito de organização e negociação coletiva para a solução de conflitos e para o exercício dos direitos civis e políticos.

É justamente a falta de negociação entre as partes — postura adotada pelos governos passados — que gerou o descontentamento generalizado dos servidores, há décadas submetidos à uma política de desvalorização da carreira de servidor e de arrocho salarial.

Entendemos, porém, que cortar o ponto e substituir grevistas por outros trabalhadores servem apenas para acirrar os ânimos e por lenha na fogueira do descontentamento do funcionalismo público federal.

Repudiamos todas as formas de autoritarismo no trato com reivindicações legítimas dos trabalhadores e trabalhadoras do setor público.

Solidárias com os grevistas, as centrais sindicais reconhecem que a saída para a paralisação está na disposição das partes sentarem à mesa e negociarem até a exaustão, tendo como perspectiva a solução rápida do conflito, reduzindo, assim, os prejuízos causados aos próprios servidores e à população.


Wagner Gomes, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil).
Vagner Freitas, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Miguel Torres, presidente da Força Sindical.
José Calixto Ramos, presidente da NCST (Nova Central).
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores).

Fonte: Valor Econômico.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Professores da UFSC rejeitam proposta do governo e greve continua

Os professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) rejeitaram a proposta de reestruturação da carreira feita pelo governo e vão continuar com a greve que começou no dia 11 de julho. A decisão foi tomada nesta quarta-feira, quando 920 docentes compareceram às urnas para votar se aceitavam ou não a nova proposta. Destes, 489 (53,15%) votaram pela manutenção da greve e 425 (46,19%) manifestaram-se a favor do fim da paralisação.  Foram computados dois votos em branco e quatro nulos. Como a votação foi aberta aos docentes não filiados à Apufsc-Sindical, do total geral de votantes, 689 são associados à entidade e 231 não sócios.

A primeira etapa da Assembleia Geral dos Professores da UFSC, realizada na terça-feira, dia 31, no auditório do Curso de Engenharia de Produção (CTC), reuniu 186 docentes, sendo 169 associados da Apufsc-Sindical e 17 não associados à entidade. Nesta primeira etapa foram realizados informes e discutida a proposta.

A presença de 689 associados nas urnas obedeceu ao critério estabelecido pelo Estatuto do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical) que, em caso de deliberação sobre greve, exige a participação mínima de 25% dos associados. Atualmente, esse número corresponde a 607 docentes.

Foto: Elton Damasio/ND

Leilão de privatização acontece nesta segunda-feira

Aeroportos

Pregão será para os terminais aéreos de Garulhos (SP); Viracopos (Campinas –SP); e Juscelino Kubitschek (Brasília). Cada aeroporto teve um valor inicial fixado pelo governo
Ketllyn Fernandes

O leilão de privatização dos aeroportos internacionais de Garulho (SP); Viracopos, em Campinas (SP); e Juscelino Kubitschek (Brasília), será realizado nesta segunda-feira, 6, pela a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A licitação ocorrerá na sede da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) às 10h. A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) terá participação de 49% no capital dos consórcios.

Os grupos que apresentarem as propostas de preços maiores à outorga vencerão o leilão. O documento prevê a ampliação, manutenção e exploração dos terminais aéreos. O governo fixou como valores mínimos R$ 3,4 bilhões para Guarulhos; R$ 1,5 bilhão para o Viracopos; e R$ 582 milhões para o Juscelino Kubitschek.

O pregão para os três aeroportos será simultâneo, sendo que cada proponente deverá apresentar propostas para todos, porém só poderá ser vencedor de um. O edital prevê a participação de grupos estrangeiros no leilão, desde que estes sejam associados a empresas brasileiras.

Devem ser investidos, por meio da privatização, R$ 4,6 milhões em Guarulhos, R$ 8,7 bilhões em Viracopos e R$ 2,8 bilhões em Brasília. Os prazos de concessões serão diferenciados para cada aeroporto, sendo de 30 anos para o Viracopos, 25 para o Juscelino Kubitschek e 20 anos para Guarulhos, com direito a apenas uma prorrogação de mais cinco anos.

Copa do Mundo

O objetivo das privatizações é a conclusão, até 2014, das obras dos respectivos aeroportos. Em caso de descumprimento a multa é de R$ 150 milhões, além de R$ 1,5 milhão por dia de atraso. Após a assinatura do contrato, as concessionárias terão um período de transição de seis meses, com prorrogação de mais seis meses. Neste prazo de tempo a concessionária irá administrar o aeroporto junto com a Infraero. Após esse período, as operações do aeroporto serão inteiramente da concessionária. O Poder Público continuará controlando a gestão do espaço aéreo.

A quantidade de propostas e o nome dos grupos proponentes serão divulgados durante o leilão, conforme a abertura dos envelopes.

*Com informações da Agência Brasil

sexta-feira, 27 de julho de 2012

ECT está proibida de contratar terceirizados para atividades-fim


Caso abra licitação para contratar mão de obra, Correios sofrerá multa de R$ 500 mil para cada procedimento aberto em território nacional.
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) está proibida de contratar mão de obra terceirizada para o exercício de atribuições relacionadas à sua atividade-fim de agente, técnico e especialista dos Correios, em qualquer lugar do País. Caso a empresa descumpra a decisão, sofrerá multa de R$ 500 mil para cada procedimento licitatório aberto.
A decisão, de caráter liminar, foi tomada pelo juiz da 13ª Vara do Trabalho do Distrito Federal ao analisar Ação Civil Pública ajuizada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect).
 Segundo o juiz, “infere-se da análise dos documentos apresentados com a inicial a comprovação inequívoca da contratação de empresas fornecedoras de mão de obra para realização de atribuições relacionadas a sua atividade-fim em várias localidades do país, sendo que foram propostas diversas ações civis públicas pelos sindicatos estaduais da categoria e pelo próprio MPT, com decisões reconhecendo e declarando a ilicitude da prática”.
"Trouxe ainda o autor [Fentect] vários editais de abertura de licitação para a contratação de empresas de mão de obra para a realização das atividades de carteiro e operador de triagem e transbordo, além de diversos termos aditivos aos contratos, o que desvirtua o caráter transitório da contratação temporária, prevista na Lei n. 6.019/74”, aponta o juiz.
Com base nessas provas documentais, o juiz entendeu que se evidencia “a possibilidade de dano irreparável ou de difícil reparação à categoria”, pois a substituição indevida de empregados públicos por terceirizados em áreas relacionadas à atividade-fim dos Correios impossibilitará, a longo prazo, a ocupação desses postos de trabalho por empregados admitidos pela via do concurso público.
Assim, o juiz determinou que a ECT se abstenha de abrir qualquer processo licitatório, em todo o território nacional, que tenha como objeto a contratação de empresa fornecedora de mão de obra destinada ao exercício das seguintes atribuições relacionadas à atividade-fim da estatal: a) Agente de Correios – Atividades Carteiro, Operador de Triagem e Transbordo, Atendente Comercial e Suporte; b) Técnico de Correios – Atividades Operacional, Atendimento e Vendas e Suporte; c) Especialista de Correios – Atividades Operacional, Comercial e Suporte.
No caso de descumprimento dessa decisão, será cominada à empresa multa de R$ 500 mil por cada abertura de licitação que seja efetivada.
A audiência inaugural foi marcada para o dia 03 de setembro.
A ação foi patrocinada pelo escritório Alino & Roberto e Advogados, que presta assessoria jurídica à Fentect.
Processo: 0001373-09.2012.5.10.0013
Fonte: Assessoria de Imprensa A&R

Sintrafesc e Fórum dos Servidores promovem Ato Público no dia 31 em Florianópolis


O Sintrafesc e o Fórum dos Servidores Públicos Federais em Santa Catarina promovem um Ato Público na próxima terça-feira, dia 31 de julho, das 10 às 15 horas, no Largo da Catedral, no Centro de Florianópolis. O evento faz parte das atividades de greve dos servidores públicos federais e terá um Ciclo de Debates e Alternativas de Economia Solidária, com Feira de Trocas e produtos da reforça agrária e cooperativas. O MST confirmou participação, e irá apresentar produtos cultivados em área de reforma agrária. Também confirmaram presença representantes do Movimento de Mulheres Urbanas. 


O Ciclo de Debates será sobre Economia Solidária com justiça sócio-político-ambiental. Os debatedores falarão sobre suas experiências na conferência internacional Rio+20. Os grevistas da Funai convidaram os 50 índios de Santa Catarina que estiveram na Rio+20 para participar do debate. 


A Feira de Trocas é um evento onde cada pessoa leva o que tem e que não está mais usando (ex: roupas, bijouterias, livros, CDs etc) e troca com produtos de outra pessoa. Todos podem participar!


Fonte: Sintrafesc - Assessoria de Imprensa

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Governo silencia e servidores constroem uma das maiores greves dos últimos anos

Os docentes das instituições federais de ensino foram os primeiros a entrar em greve, em 17 de maio, mas, paulatinamente, outras categorias decidiram paralisar suas atividades e hoje um percentual significativo de servidores está parado. Enquanto isso, o governo se mantém impávido e não apresenta uma proposta. Pelo contrário, já anunciou que os servidores, em termos de reajuste geral, terão 0% em 2013, assim como foi em 2011 e 2012, em um claro desrespeito à Constituição Federal.

Esse descompromisso está sendo o fermento para as greves que se espalham pelo país. De acordo com a Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), que representa 80% do total de servidores do executivo, a greve já chega a 26 categorias em 22 estados e o Distrito Federal (ver quadro aqui).

Entre as categorias em greve na base da Condsef estão o Incra, Funasa, Funai, Arquivo Nacional, Inpi, Agricultura, Dnit, Cnem, Datasus, Transportes, Saúde, Museu do Índio, Iphan, INES, Justiça, MTE, Previdência Social, HFA (Celetistas e Estatutários), Integração Nacional, Desenvolvimento Agrário (MDA), Area Ambiental (Ibama, MMA, Chico Mendes), Ceplac, Fundo de Marinha Mercante, Planejamento (4 horas por dia) e Fazenda (1 hora por dia). Servidores do IBGE têm realizado operações padrões e os das agências reguladoras e DNPM, que estão em estado de greve e podem parar por tempo indeterminado a partir do dia 16.

Auditores fiscais da Receita Federal têm realizado operações-padrão e policiais rodoviários federais planejam para a próxima terça-feira, 10 de julho, uma grande manifestação em Brasília. Na Polícia Federal, os agentes também estão mobilizados e prometem engrossar a greve dos servidores federais. “Setores que geralmente são refratários à greve, como o pessoal da Fiocruz e das agências reguladoras, estão parando. Esse é um fator que deve ser ressaltado”, pontuou o dirigente da CSP-Conlutas, Paulo Barela, em reunião do Fórum das Entidades, realizada na terça-feira (3).

No setor das instituições federais, a greve já é realidade entre os docentes de 56 universidades (ver quadro aqui) e a quase totalidade dos institutos federais, incluindo os filiados ao ANDES-SN ou ao Sinasefe, já está parada. Na base da Fasubra, que representa os técnico-administrativos das universidades, a greve se amplia a cada dia.

Para a Condsef, a tendência é que greve continue crescendo, já que a postura inalterada do governo tem estimulado o reforço do movimento pelo Brasil. Essa também é a posição do ANDES-SN. “O governo, na sua intransigência, empurrou os servidores para a greve”, afirma o 1º vice-presidente do Sindicato Nacional, Luiz Henrique Schuch.

Nessa terça-feira (3), dirigentes da Condsef e do Sindidsep-DF foram recebidos pelo secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que se comprometeu a conversar com a presidenta Dilma Rousseff para que ela determine ao Planejamento a apresentação imediata da proposta ao funcionalismo.

Um fator positivo na atual conjuntura é que as categorias estão conseguindo unificar as ações de mobilização, o que só está sendo possível graças ao esforço pela unidade feito pelas entidades desde o início do ano. “Conseguimos unificar uma pauta comum (ver aqui), em cima de sete pontos, e sem constranger as nossas pautas específicas, estamos lutando de forma conjunta”, avalia Schuch.

Atividades

Em plenária dos Servidores Públicos Federais (SPF) realizada no início de junho, foi decidida a realização de uma série de atividades unificadas, que já foram ou serão realizadas até o final de julho. Nesta semana estão previstas ações nos estados, que terão como mote a “Qualidade nos serviços públicos”.

No próximo sábado (7/7) haverá uma reunião conjunta dos Comandos de Greve do setor da educação em Brasília e de 9 a 13 de julho serão realizados atos unificados nos estados com o mote Copa do Mundo, a serem realizados em locais simbólicos, como nos estádios em construção e rodovias.

No dia 18 de julho, haverá uma grande Marcha de servidores em Brasília para cobrar do governo uma resposta às pautas protocoladas. Dessa data até o dia 20 está programado um acampamento na Esplanada dos Ministérios. No dia 20, será realizada uma plenária dos SPF, quando será deliberado outro calendário de mobilizações.

Brasília para cobrar do governo a resposta das pautas protocoladas. Durante todos os dias haverá atividades políticas na Esplanada. E no dia 20 acontece uma plenária unificada de avaliação com todas as entidades com categorias em greve.

“Nós, os servidores, já entregamos a nossa pauta ao governo e cabe a ele, agora, apresentar uma proposta. Graças à nossa mobilização conseguimos que categorias em greve fossem recebidas na mesa de negociação, mas precisamos ir além. O Planejamento tem de, efetivamente, apresentar uma proposta. E será a nossa pressão que fará com essa negociação no rito e no prazo que produza resultados”, avalia Schuch.


Com informações da Condsef

Fonte: ANDES-SN

terça-feira, 3 de julho de 2012

Situação dos Hospitais Públicos do Estado de Santa Catarina sob a Gestão Direta da Secretaria de Estado da Saúde

Companheiros,

segue para conhecimento e divulgação convite para Audiência Pública no dia 11/07/2012, que debaterá sobre:

"A Situação dos Hospitais Públicos do Estado de Santa Catarina sob a Gestão Direta da Secretaria de Estado da Saúde"


CARRETEIRO SOLIDÁRIO

Clique para ampliar a imagem
O SINTRAM-SJ está promovendo um “CARRETEIRO SOLIDÁRIO” com o objetivo de arrecadar recursos financeiros para ajudar o Professor da USJ e Diretor do Sindicato Evandro de Brito, que foi brutalmente espancado no início do mês de fevereiro deste ano e precisa realizar vários implantes dentários.
Os convites estão disponíveis com os representantes do SINTRAM-SJ no seu local de trabalho e no próprio sindicato.
Com Prof. José Carlos tel. 91 17 22 16 - USJ

DATA: 06 de Julho de 2012
HORÁRIO: 20:00 horas
LOCAL: Centro Comunitário de Campinas (atrás do Shopping Mundo Car)

1 CONVITE: R$15,00 - 2 CONVITES: R$20,00

OBS: A bebida será vendida separadamente!
***Compre seu convite e ajude nosso amigo!***

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Câmara aprova 10% do PIB para a educação, mas com prazo até 2023



A destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) foi aprovada nesta terça-feira (26) em reunião da comissão especial do Plano Nacional de Educação da Câmara dos Deputados. O relator queria que fosse destinado apenas 8% do PIB, mas devido à pressão dos movimentos sociais,  a comissão elevou para 10%, porém, com o condicionante de que o percentual máximo seja atingido em 10 anos e não imediatamente, como defendia o ANDES-SN e outras entidades do setor da educação. Durante a votação, integrantes do Comando Nacional de Greve (CNG) acompanharam a sessão da comissão especial.

A professora Laura Fonseca, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e integrante da Campanha pelos 10% do PIB para a educação pública, já!, argumentou que a Câmara prorrogou o prazo para que o percentual seja atingido. “Enquanto nós reivindicamos que seja aplicado imediatamente, para que se comece a resgatar já a educação pública, o projeto aprovado prevê que se chegue a 10% do PIB até 2023”, criticou.


Laura também criticou o fato de que num momento em que o setor da educação federal ─ através do ANDES-SN, Fasubra e Sinasefe ─ realiza uma das maiores greves da sua história e clama por maior destinação de recursos para este setor, “nem assim a Câmara e muito menos o Executivo se mostram sensibilizados em ampliar substancialmente e imediatamente os recursos para a educação pública.”



Ela também criticou a fala do ministro Aloizio Mercadante de que será difícil viabilizar politicamente a destinação dos 10% para a educação. “Com essa declaração ele demonstrou claramente a opção política do governo em destinar o dinheiro público à banca, ou seja, ao sistema financeiro em detrimento de maior aplicação de recursos nos serviços públicos essenciais para melhorar a vida da população brasileira”, ponderou.



“Além disso, Mercadante sinalizou uma intenção de se continuar seguindo os mesmos passos que foram dados em relação ao PNE anterior, que previa a aplicação de 7% até 2010, mas este percentual nunca passou dos 5%. O governo federal, por sua vez, na previsão de orçamento para 2012, destina apenas 3,18% do orçamento para a educação e 0,43% para ciência e tecnologia”, no entanto,  47,19% vão para juros e amortização da dívida, argumentou Laura.

Responsabilidade educacional
Análise feita pela Auditoria Cidadã da Dívida avalia que a luta pelos 
10% precisa continuar, pois o texto aprovado pelos deputados remete para futura lei complementar a deliberação sobre a forma pela qual os estados e municípios – que respondem pela maior parte dos recursos da educação – disporão de recursos para atingir a meta.



Outro ponto criticado pela Auditoria é que a sociedade civil defendia a aplicação dos 10% em investimento público direto na educação. O texto aprovado alterou para “investimento público em educação pública”, que abrange outros gastos.



“Também não estão especificadas na lei quais são exatamente as despesas que serão contabilizadas para fins de atingimento dos 10% do PIB, razão pela qual se pode repetir o ocorrido na área da saúde, onde os governos costumavam incluir despesas não propriamente ligadas diretamente à esta área social. Foram necessários 10 anos para que fosse aprovada, no ano passado, legislação que regulamentou os gastos específicos da saúde. E nem assim os governos estaduais têm cumprido a norma”, critica o economista Rodrigo Ávila Auditoria Cidadã. 



Há, portanto, o risco de que boa parte dos 10% do PIB sejam cumpridos artificialmente, por meio da contabilização de despesas com aposentadorias e pensões de servidores da educação, bolsas de estudo, e até despesas com juros, amortizações e encargos da dívida da área educacional.



Ávila lembra que enquanto a Lei de Responsabilidade Fiscal criminaliza o administrador público que não paga os juros e a amortização da dívida, o PNE não prevê qualquer punição para os governantes que não cumprirem a meta aprovada. Ele argumenta que no ano passado, o governo federal gastou R$ 708 bilhões com juros e amortizações da dívida pública o que representou 17% do PIB, ou seja, mais que o triplo dos recursos necessários para se elevar imediatamente o gasto com educação de menos de 5% para 10% do PIB.



Responsabilidades
A comissão rejeitou uma emenda que estabelecia regras claras sobre as responsabilidades de cada ente federado na aplicação de verbas em educação. A autora de uma das propostas, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), argumentou que a União investe apenas 20% do total que é aplicado em educação no País. O restante fica a cargo dos estados e dos municípios. Para a deputada, a União deveria arcar com pelo menos 30% do valor global.



A divisão prévia de responsabilidades também foi defendida pelo deputado Ivan Valente (Psol-SP), que criticou a rejeição dos destaques. “Para atingir os 10% do PIB, a União tem de se comprometer mais, já que ela detém 70% da arrecadação fiscal do País”, argumentou.



Salários
A comissão aprovou um destaque que antecipou a meta de equiparação do salário dos professores ao rendimento dos profissionais de escolaridade equivalente. O relatório do deputado Ângelo Vanhoni (PT/PR) previa o cumprimento dessa meta até o final da vigência do plano. O destaque, por sua vez, estabelece a equiparação até o final do sexto ano do PNE.



Aprovado na comissão especial da Câmara, o projeto do PNE seguirá para o Senado e caso não sofra mudanças, nem apresentado requerimento para que seja votado em plenário, irá à sanção presidencial. 



A comissão de integrantes do CNG que acompanhou a votação foi composta pelos professores Marinalva (Adufcg), Aparecida (Adufu), Eder (Apur), Adriana (Sesdufsm), Lênio Marques (Apubh), João Antônio (Adfunrei) e Francisco (Aduferpe).

Com informações da Agência Câmara
Foto maior: Alexandra Martins (Agência Câmara)


Fonte: ANDES-SN

terça-feira, 26 de junho de 2012

Pela volta da Democracia no Paraguai


CUT condena golpe e manifesta apoio às medidas dos países do Mercosul e da Unasul para reverter situação


Queremos manifestar nossa profunda preocupação com os destinos do Paraguai, que viveu novamente um abalo em sua institucionalidade, após a consumação do golpe do Parlamento, que no último dia 22 de junho passado, destituiu o Presidente Fernando Lugo.
Consideramos corretas as iniciativas dos presidentes e presidentas dos países da UNASUL, que imediatamente se mobilizaram em defesa da constitucionalidade paraguaia e, frente o afastamento ilegítimo de um Presidente democraticamente eleito, rechaçaram veementemente o ocorrido. Alguns governos inclusive já decidiram retirar seus representantes diplomáticos do país.
Apoiamos fortemente a decisão das presidentes e presidentas do Mercosul e Estados Associados (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela) , de não aceitar a presença do presidente golpista paraguaio na próxima XLIII Reunião do Conselho do Mercado Comum do Mercosul e da Cúpula dos chefes de Estado, que serão realizadas em Mendoza, Argentina, nos dias 28 e 29 de junho. Com essa medida os e as Chefes de Estado referenciam-se no Protocolo de Ushuaia sobre Compromiso Democrático no Mercosul, assinado em 24 de julho de 1998, reafirmando que a garantia da vigência das instituições democráticas é condição essencial para o desenvolvimento do processo de integração.
Defenderemos junto a nosso governo que pressione o máximo possível o atual governo ilegítimo do Paraguai para que reconduza o país de volta ao regime democrático o mais breve possível. Defendemos e alertamos também para que as medidas de pressão que sejam efetivadas preservem sempre as condições de vida e de trabalho do povo paraguaio, mais uma vez golpeado em seu mais fundamental direito.
Nós estamos em contato com as centrais sindicais do Paraguai e, conjuntamente com o sindicalismo latinoamericano, especialmente do MERCOSUL, pretendemos apoiar a luta dos trabalhadores paraguaios e paraguaias em defesa da democracia e o respeito à vontade do povo, que em 2008 elegeu o Presidente Lugo e que deve ser quem decida efetivamente sobre os destinos do país.
Artur Henrique da Silva Santos
Presidente CUT/BRASIL
João Antonio Felicio
Secretario de Relações Internacionais

segunda-feira, 25 de junho de 2012

I Jornada de Debates do Setor Público

Segue o convite para a I Jornada de Debates do Setor Público tendo por
tema: “Finanças Públicas: Desafios e Perspectivas para a Negociação no
Serviço Público”.
clique para ampliar
 
Data: 28 de Junho de 2012
Horário: das 10h às 13h
Local: Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Estadual de SC -
SINTESPE -Praça Olívio Amorim, 82 - Centro - Florianópolis - SC
 
Estão todos convidados!!!
Por favor, repassem o convite!
Abraço
--
Cristiane Gonçalves
Aux. Administrativo
DIEESE SC
Telefone: (48) 3228-1621 e (48) 9932-9736
Avenida Mauro Ramos, 1624
Centro - Florianópolis / SC
CEP.: 88020-304

sexta-feira, 22 de junho de 2012

CUT na Rio+20: Mais de 50 mil ocupam centro do Rio de Janeiro para cobrar responsabilidade dos chefes de Estado

Movimentos sociais repudiam texto da conferência oficial e citam necessidade de estabelecer unidade

Escrito por: Luiz Carvalho e Daiani Cerezer, do Rio de Janeiro


Enquanto não mudar modelo atual, não sairemos das ruas, disse Artur
Enquanto não mudar modelo atual, não sairemos das ruas, disse Artur
Nem a garoa, nem a falta de comprometimento dos diplomatas na Conferência de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (Rio+20), refletida no texto que divulgaram nessa terça-feira (19), sem compromissos ou metas, foram capazes de frear o espírito de luta dos movimentos sociais.

Na tarde desta quarta (20), mais de 50 mil pessoas de organizações que compõem a Cúpula dos Povos, evento paralelo à conferência oficial, deixaram a frente da igreja da Candelária e seguiram em marcha até o Largo do Carioca, na Cinelândia, região central do Rio de Janeiro.

A delegação CUTista compareceu com cerca de 10 mil trabalhadores, do campo e da cidade, e transformaram as ruas em um grande corredor vermelho. Lideranças como a recém-eleita secretária de Juventude da CUT-SC, Jucimara Araújo, que destacou a importância de conscientizar os jovens agricultores para que sejam multiplicadores de ideias tal como a necessidade de manter as áreas de preservação permanente nas pequenas propriedades.

Ela também apontou que a educação tem um papel fundamental no desenvolvimento sustentável. “Os jovens precisam sair de casa para estudar e o campo fica abandonado. A permanência da juventude na agricultura familiar está diretamente ligada à educação no meio rural. Não tem como continuar produzindo, e somos nós que cultivamos de maneira sustentável, sem educação de qualidade voltada à nossa realidade”, refletiu

Financiamento seletivo

Presidente da CUT, Artur Henrique, avaliou que a marcha refletiu um momento de indignação. "Foi um absurdo o que aconteceu ontem na Rio+20, onde os embaixadores disseram que não tem US$ 30 bilhões para o desenvolvimento sustentável, mas tem US$ 400 bilhões para colocar nos bancos com a finalidade de ajudar a crise do capitalismo nos maiores centros econômicos do mundo. Precisamos deste dinheiro para erradicar a miséria através da inclusão social.”

Segundo ele, porém, não há motivos para esmorecer. “É necessário continuar lutando contra a privatização da água, pela implementação das convenções da OIT (Organização Internacional do Trabalho), pela reforma agrária, pelo estabelecimento de metas para o desenvolvimento sustentável, contra a terceirização, pela redução da jornada e pelo fim do fator previdenciário”, citou como pautas do próximo semestre.

Secretária da Mulher Trabalhadora, Rosane Silva, destacou que outro modelo só é possível com novo foco. “Hoje é dia de os movimentos sociais, em sua diversidade, irem as ruas e mostrarem ao mundo que nós queremos um modelo de desenvolvimento centrado na vida humana com sustentabilidade do planeta”, disse.

Trabalhadores da indústria de alimentação em protesto bem humorado sobre setor frigorífico

Trabalhadores da indústria de alimentação em protesto bem humorado sobre setor frigorífico
Apenas o começo


A secretária de comunicação da CUT, Rosane Bertotti, ressaltou que é preciso colocar em prática as reivindicações da marcha. "A cúpula não acaba aqui. Esse não é o fim, mas apenas o começo para as mudanças que queremos que aconteçam.”

Também presente na manifestação, o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes, aponta que a categoria trabalha com um produto que suja o meio ambiente, mas afirma que, sob a ótica política da entidade, o recurso seria explorado de outra maneira. “Se a energia for gerada a partir de um planejamento e um controle rígido da sociedade, certamente não haverá os grandes acidentes ambientais no mundo.”

Ao comentar que a decisão dos governos na Rio+20 não sintetiza os desejos da maior parte da população do mundo, o secretário de Administração e Finanças da CUT, Vagner Freitas, também lembrou que a marcha deixa claro o papel dos movimentos sociais, colocar a reivindicação na rua para pressionar os chefes de Estado, a adotarem uma postura responsável.

Ele citou ainda a manifestação que a Central organizou no início desta semana pela taxação das transações financeiras e lembrou que a parte das propostas defendidas pelo sistema financeiro para acabar com a crise são exatamente aquelas que levaram a Europa e a América do Norte ao buraco. “Temos que ter a taxação, o retorno desse investimento para financiar políticas de transformação do atual modelo para um sustentável e o sistema financeiro deve estar voltado ao crédito e ao investimento com o controle da sociedade. Não pode estar restrito aos burocratas”, disse.

Momento de unidade

A secretária CUTista de Combate ao Racismo, Maria Júlia, defende que o combate à pobreza, um dos pilares do desenvolvimento sustentável, deve ter um recorte racial. “Não é possível que, numa nova sociedade, se perpetue a desigualdade de gênero e de raça.”

Dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra João Pedro Stédile sugeriu que, mais do que para falar mal dos governos, a manifestação deveria servir para iniciar um compromisso conjunto. “Devemos nos comprometer a voltar para nossos locais de trabalho e moradia e lá lutar todos os dias contra uma multinacional, contra um banco, contra aqueles que depredam o meio ambiente e exploram o povo.”
Movimentos sociais de diversos países ocuparam as ruas do Rio de Janeiro
Movimentos sociais de diversos países ocuparam as ruas do Rio de Janeiro
Stédile comentou ainda que na agenda do MST está previsto um encontro com Evo Morales para apoiar o governo boliviano em medidas de reestatização de transnacionais. E também encontrará com o presidente do Equador, Rafael Correa.  “Se ele quiser ir para o céu, deve dar asilo imediato ao nosso companheiro Assange – Julian Assange, criador do Wikileaks, que está na embaixada do Equador em Londres

Não adianta o boicote midiático – No ato que encerrou a marcha, o presidente da CUT, Artur Henrique, enfatizou que o novo modelo de desenvolvimento tem que garantir trabalho decente, proteção social e direitos dos trabalhadores de todos os setores. Ainda alertou para a importância de a unidade dos movimentos sociais permanecer para chamar a atenção dos governos. "Queremos garantias dos nossos direitos e não adianta os grandes veículos de comunicação não divulgarem nossas reivindicações porque estamos nas ruas e nas ruas iremos continuar."

O dirigente cutista afirmou que está previsto um debate sobre a agenda internacional para dar visibilidade e colocar em prática as negociações feitas aqui. "Infelizmente, os governos não querem pensar a médio e longo prazo, mas sim resolver imediatamente o problema da crise financeira mundial. Há pouca ousadia dos governos por conta da crise”, finalizou.